quinta-feira, 29 de maio de 2008

PIRENÓPOLIS

O município de Pirenópolis está localizado na 12º microrregião, entorno de Brasília, leste goiano, a sede tem como coordenadas:
Latitude: S 15º51'9"
Longitude: W 48º57'33"
Altitude: 770 metros
Datum: WGS84 - Fonte: www.gpsglobal.com.br



Contagem da População em 2007

  • Total: 19.677 habitantes

Economia

Mineração

  • Extração de Quartzito Micáceo (pedra para pisos e revestimentos)

Agropecuária

  • Gado para Corte
  • Produção Leiteira
  • Fruticultura (abacaxi, maracujá, limão, tomate etc.)
  • Agricultura (arroz, cana de açúcar, milho, seringueira etc.)
  • Eqüino e suinocultura

Comércio

  • Comércio local de bens e serviços.

Turismo

  • Ecológico
  • Histórico
  • Esportivo
  • De Eventos
  • Cultural
  • Pedagógico

Indústria

  • Alimentícias
  • Vestuários
  • Moveleiras
  • Tecelagens
  • Confecções

Artes e artesanatos

  • Diversos


Aspectos físicos


Abrangência - 22% do território brasileiro é ocupado por esse bioma, que abrange todo o Centro Oeste, invadindo parte do Sudeste, parte do Norte e parte do Nordeste brasileiro. Há uma mancha de cerrado nas Guianas. Apenas 2% deste bioma é composto de cerrado rupestre (sobre rochas). A transição entre o cerrado e a mata amazônica não é abrupta, fundem-se em manchas e no chamado mato grosso (matas semicaducifólias) até total transição por longo trecho ao norte. Ao sul o Planalto Central aparenta distinto limite, apesar de haver cerrado no norte de Minas e São Paulo.

Relevo - Pirenópolis se localiza bem no centro, ocupando partes altas do Planalto Central e partes baixa do Mato Grosso Goiano. Circundado do nordeste ao sul por serras, que são os contrafortes do Planalto, possui um relevo acidentado, que varia de cerca de 650 a 1400 metros de altitude. Portanto, temos: áreas altas com campos de altitude, inundáveis e semi-inundáveis e veredas (várzeas), de topografia suave; Paredões, escarpas e picos rochosos, com cerrados rupestres (sobre rochas); Vales abruptos com matas úmidas rodeadas de cerrado e campos; e planicies com cerradão e matas (úmidas e secas).

Hidrografia - Por causa deste relevo acima descrito, a região é rica em nascentes. As serras, que cortam o município, são divisores de duas das maiores bacias hidrográficas brasileiras, a Platina, ao leste e sul, e a Tocantinense, ao oeste e norte. Portanto poucos são os rios caudalosos, principalmente próximo à cidade, que fica próxima a serra. Mais ao norte e noroeste do município temos rios mais volumosos, como o Rios das Almas, o Rio do Peixe e o Maranhão.


Geomorfologia


Origem - A formação geológica da região e de quase todo o interior do Brasil e bioma cerrado é datado do período pré-cambriano, cerca de 1,100 a 1,500 bilhões de anos. Considerado como uma das rochas mais antigas do planeta. De formação sedimentar, estas rochas metamórficas são, aqui em Pirenópolis, na sua maioria quartizíticas. A teoria é que neste período provenientes da erosão de um antigo continente, sedimentos foram se consolidando no funco de um mar, dando origem a placa tectônica de São Francisco, que emgloba todo o continente sul-americano. Por volta de 1 bilhão de anos atrás, isto se ergueu do mar formando o continente. Neste longo período, esta sólida estrutura cristalina, foi sendo cercada de mar e atingida por grandes intempéries. A parte central, que é o local de nosso estudo, distante do mar, passou por períodos distintos de secas e chuvas, que cavaram os vãos dos grande rios continentais como o São Francisco; o Rio Grande; O Tocantins e Araguaia; o Pantanal, Paraguai e Paraná; o Amazonas e todos os seus afluentes, moldando rochas, formando solos e propiciando a formaçãode vida em nosso continente.

Geologia - A rocha predominante em nossa região é o quartizito micáceo, uma rocha sedimentar de metamorfização branda com alto teor de silíca, alumínio e ferro. Esta rocha é comercializada para a construção civil,que a utiliza para pisos e revestimentos, sendo a principal fonte de renda do município. Existe pouquíssimas ocorrências de arenitos e filitos, mas há. Havia até um garimpo de esmeralda no xisto betuminoso encontrado a poucos quilômetros da cidade, onde encontramos e presença de outros tipos de berilos, piritas, rutilo etc. A presença de cristais de quartzo é abundante, mas não de forma valiosa para o comércio, como cristal translúcido. O ouro já há muito retirado de nossos aluviões, ainda é encontrado em alguns poucos garimpos clandestinos. No mais, é quartizito, quartizito e mais quartzitos, rocha de alta dureza.



Fitofisionomias


As fitofisionomias, que são os tipos de vegetação, é uma das característica mais marcante do Cerrado. As principais são:

Matas úmidas - São matas que acompanham os córregos e rios. Conhecidas também como matas de galeria ou mata ciliar, mantém sua folhagem sempre verde durante todo o ano. As principais espécies de mata úmida são normalmente árvores frondosas de tronco liso e folhas pequenas. como: tamboril, jatobá-da-mata, canela-de-grota, jequitibá, palmito-jussara etc.

Matas secas - São matas que ficam mais afastadas dos cursos d'água. Conhecidade como matas de interflúvio e florestas semi-decídua. Tem este nome, devido a partes de suas espécies perderam folhas durante o período de seca. As principais espécies são árvores frondosas: aroeira, ipê, pindaíba, pau-d'óleo, umburuçu etc.

Cerradão - Vegetação de transição entre a mata-seca e o cerrado, podendo ser confundido com ambos. Possui árvores frondosas de matas com espécies tortuosas de cerrado. Vegetação de porte sub-arbóreo e de densidade média-alta.

Cerrado - Conhecido também como campo cerrado e cerrado sentido estrito. É aquele que mais representa este bioma. Espécies vegetais arbustivas, bastante tortuosas, raízes profundas, cascas grossas, folhas largas são suas principais características. Possui densidade média e uma peguena, mas significante, população de gramíneas e erbáceas. ex: pau-terra, pau-santo, pequizeiro, carvoeiro, barbatimão etc.

Campo sujo - Ou cerrado ralo. Onde a densidade de gramíneas e plantas erbáceas é maior que as arbustivas. Além das gramíneas, as mesmas espécies do cerrado podem habitar os campos sujos. Há animais típicos de campos, como as emas, seriemas, lobo-guarás etc.

Campo limpo - Onde praticamente não há arbustos. As espécies que predominam são gramínias e ervas rasteiras. Normalmente são solos rasos, arenosos, e bastante pobres. Nesta classificação encontramos os campos inundáveis: que, por possuir solo raso e argilas higromórficas armazenam água durante o período das águas e as retem durante um bom período de seca; e os campos de muruduns: campos com pequenas ilhas de vegetação arbustivas que são formadas pela atividade de cupinzeiros.

Veredas - Também conhecidas com várzea ou várgem. São pequenos cursos e nascentes d'águas, que circundados por campos ou cerrados ralos, possuem uma vegetação hidrida em torno destes córregos, marcada pela presença de palmeiras, como buritis, e espécies de mata e de campo.

Cerrado rupestre - São cerrados nascidos sobre rochas, podendo ser ralo ou denso. São espécies típicas: flor do pau, árvore do papel, cajú, clusia, guatambu, bromélias, orquídes, líquens, musgos etc.



Clima


Tropical sub-úmido com duas estações bem definidas: a estação das chuvas,que vai de outubro a março, e a da seca, que vai de abril a setembro. O município, por ser parte montanhoso, mantém algumas variações climáticas devido às altitudes. Com uma serra ladeando o lado leste do município em sentido sul-norte, bloquea em parte as correntes úmidas do sudeste de forte influência marítica. Recebe, por esta conformação de relevo, principalmente nas épocas das chuvas, umidade vinda do norte-noroeste, de origem amazônica. Os ventos predominantes são sudestes, que chegam por sobre a serra. Podendo ocorrer lufadas de vento de norte nos períodos das chuvas. Os períodos mais críticos são setembro/outubro quando a seca é forte e o sol começa a esquentar, e entre fevereiro e março, quando a umidade está muito alta e começa a esfriar.





CAMPOS RUPESTRES



Os campos rupestres ocorrem em altitudes acima de 900 metros do Nível do mar. As características se assemelham às regiões desérticas. Os ventos entram em contato com a serra sobem e provocam o dessecamento do solo. Os organismos, que ocupam esta região, têm que suportar a baixa fertilidade e a baixa umidade. Estão perfeitamente adaptados às peculiaridades deste micro-clima de modo que são exclusivas dele. Isto é, são endêmicas de regiões com tais características.





O s solos são pouco profundos, pedregosos, bem drenados e, na maioria, apenas uma camada leve originada, entre as falhas e espaços das rochas, o substrato que sustenta estes organismos vegetais.




As rochas, na maioria quartizitos arenosos, apresentam baixa qualidade mineral e a vegetação é baixa, retorcida, com alto xeromorfismo.




A composição vegetal é de cactáceas, gramíneas, plantas herbáceas a arbustivas. Geralmente são pouco adensadas e são favorecidas pelas queimadas. A polinização é por insetos ou pelo vento na sua maioria.




Este ambiente é um tanto hostil à vida animal, o que faz com que somente organismos altamente especializados, ou que possuam hábitos nômades, venham ser encontrados nele.




A floração ocorre durante todo o ano, e promove um espetáculo de cores e formas que estão relacionados á síndrome de dispersão e aos mecanismos de polinização adquiridos durante o processo evolutivo.


São exemplos de famílias que ocupam esta região: Aquifoliaceae, Asteraceae, Begoniaceae, Euphorbiaceae, Gesneriaceae, Labiatae, Melastomataceae, Myrtaceae, Piperaceae, Verbenaceae, Cyperaceae, Eriocaulaceae, Poaceae, Xyridaceae e Gentianaceae entre outras.